terça-feira, 28 de setembro de 2010

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PELOPES

O Pelotão de Operações Especiais (PELOPES) é composto pelos militares mais bem preperados da Organização Militar. Estão aptos a realizar qualquer missão, em qualquer lugar sob quaisquer condições, atuando também nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).




Brigada de Operações Especiais

Perfil da Unidade


BRIGADA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS - Bda Op Esp

Diante do novo cenário mundial, ameaçado pelo crescimento do terrorismo fundamentalista, e do novo cenário regional, ameaçado pelo crescimento da narcoguerrilha, particularmente as FARC, da Colômbia, o Governo brasileiro decidiu-se pela criação da Brigada de Operações Especiais (Bda Op Esp). Em todo este contexto está a vontade do Brasil de tomar participação de forma mais efetiva nos acontecimentos mundiais, e isso exige tropas especializadas para a realização de missões de combate e ações humanitárias em cooperação com a ONU, como foi o caso da participação do Brasil na Missão de Paz no Haiti.

Com a Bda Op Esp o Exército brasileiro dispõe de meios mais versáteis e eficazes que lhe assegurem pronta resposta no manejo de crises e conflitos, mediante o emprego de destacamentos integrados por pequenos efetivos, especialmente motivados, adestrados e equipados. Normalmente, as operações especiais são conduzidas para cumprir missões significativamente influenciadas pela sensibilidade política dos ambientes em que são desenvolvidas. As características culturais em uma determinada área, por exemplo, podem impor uma presença extremamente discreta e de baixo perfil. Já em um outro cenário, considerações de caráter político podem exigir uma ação de grande visibilidade, com destaque para o efeito dissuasório resultante.

O planejamento e a execução das operações especiais não negligenciam os tradicionais Princípios de Guerra. Entretanto, sua aplicação se faz de forma diferenciada. Devido ao enfoque específico das ações a serem conduzidas, os comandantes de destacamentos operacionais devem identificar os efeitos do seu ambiente operacional e a capacidade de sua força na aplicação dos Princípios de Guerra.

As operações especiais, via de regra, devem ser desenvolvidas com oportunidade para alcançar pleno êxito. A vantagem tática pressupõe períodos de tempo limitados e obtenção de superioridade relativa. A experiência demonstra que uma oportunidade não se repete. Perdê-la pode significar pagar custos bastante elevados tanto políticos quanto militares.
 
Um pouco de história
As origens das forças especiais brasileiras remontam ao ano de 1953, quando oficiais e sargentos pára-quedistas integraram uma unidade de salvamento. Esse grupo, inspirado na doutrina das Special Forces e dos Rangers do exército norte-americano, deu início à formação dos especialistas do Exército Brasileiro em Operações Especiais.

O primeiro curso foi realizado em 1957. As Forças Especiais do Exército Brasileiro tiveram atuação destacada na eliminação de focos de guerrilha no Brasil nas décadas de 60 e 70, desenvolvendo, inclusive, doutrina própria de contraguerrilha aplicada e aprovada no combate a guerrilheiros no meio rural.

O 1º BFEsp, unidade que congregou os Comandos e as Forças Especiais do Exército Brasileiro, foi criado em 1º de novembro de 1983. Desde 27 de setembro de 1984 ocupa as instalações do Camboatá, na cidade do Rio de Janeiro. Recebeu, em novembro de 1991, a denominação histórica de Batalhão Antônio Dias Cardoso, herói brasileiro da Guerra dos Guararapes campanha contra os invasores holandeses, expulsos do Brasil no século XVII. Hoje a sede do antigo 1º BFEsp, foi transformada no Centro de Instrução de Operações Especiais – CI OP ESP.

Sargento-Mor Antônio Dias Cardoso - Patrono
 
A decisiva Batalha dos Guararapes

Antonio Dias Cardoso atacou com quatro troços a retaguarda do regimento holandês que havia tomado posição no monte onde se situa a Igreja N. S. dos Prazeres.
Este bravo foi o organizador militar da Restauração Pernambucana e por esta razão recebera o título inicial de Sargento-Mor e Governador das Armas.

Era um militar profissional aposentado, quando o foram buscar para organizar, militarmente, a Insurreição Pernambucana.Ele comandou, na Batalha do Monte das Tabocas, com raro brilho militar, e enquadrados por alguns oficiais veteranos, 900 civis pernambucanos armados com 250 armas de fogo, chuços e paus tostados. Com esta força improvisada, ele infligiu fragorosa derrota ao Tenente Coronel Hendrick Van Hans, que comandava 1.200 homens bem armados. No combate da Casa Forte, coube a Antônio Dias Cardoso comandar a vanguarda, dispor as tropas e executar o ataque inicial que pôs em cerco os holandeses e culminou com o aprisionamento do Tenente Coronel Hendrick Van Hans, então, comandante-em-chefe dos holandeses no atual Nordeste. Em termos militares modernos, Antônio Dias Cardoso atuou como um elemento de forças especiais, mandado pelo Governador Geral Teles, da Bahia, com finalidade de levantar o povo em armas e prepará-lo e conduzi-lo militarmente, o que fez com raro brilho. Em Restauradores de Pernambuco, o emérito historiador José Antônio Gonsalves de Mello, fornece valiosos subsídios históricos, que fazem justiça histórica a Dias Cardoso, como o tático, o estrategista, enfim a espada e o arquiteto militar da Insurreição, além de outras qualidades. Por motivos diplomáticos, não lhe foi reconhecida e premiada de direito sua decisiva participação na Restauração Pernambucana, pois era enviado pelo Governador Geral Teles para levantar em armas os pernambucanos, e o reconhecimento de sua atuação implicaria no reconhecimento de violação da trégua concertada entre Portugal e Holanda (1640-1650). Mas, decorridos três séculos da expulsão dos holandeses, é justo que este bravo ocupe, de direito, um lugar de destaque na História do Brasil — como o "arquiteto militar da Insurreição Pernambucana" e, talvez mesmo o de "fundador do espírito do Exército Brasileiro, por sua ação no Monte das Tabocas (era veterano na 1ª batalha).

 
Criação da Bda Op Esp
 
Para a sua criação, o Comando do Exército expediu portarias organizando o núcleo da Brigada (Nu Bda Op Esp), subordinado inicialmente à Brigada de Infantaria Pára-quedista. A maioria das suas organizações subordinadas foi aquartelada na área do Camboatá (Zona Oeste do Rio de Janeiro), onde se encontrava o 1º BFEsp, cujo comandante exerceu, acumulativamente, na fase inicial, o comando do Nu Bda Op Esp e a gerência do projeto de implantação. 



Mergulhador de Combate da Brigada de Operações especiais.
Ele está armado com uma submetralhadora Ingran.

A Bda Op Esp foi ativada em janeiro de 2004 e tinha na época 2 mil militares, capazes de ser deslocados para qualquer parte do território nacional em no máximo seis horas. O grupo, subordinado diretamente à Presidência da República, tinha como base um complexo militar no bairro de Santa Genoveva, em Goiânia (GO).

A principio a Bda Op Esp foi programada para ser instalada no Rio de Janeiro, mas a unidade foi transferida para o Planalto Central por decisão do comando do Exército, que levou em consideração o posicionamento estratégico da região. “Goiânia tem localização central. Portanto, a brigada estará mais próxima a qualquer cenário de operação que puder surgir”, avaliou o ministro da Defesa, na época, José Viegas Filho. Em Goiânia há uma piscina especial para treinamento de mergulhadores.

O aquartelamento da Bda Op Esp em Goiânia implicou no fim do 42º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMtz), localizado no Setor Santa Genoveva, e do 43º BIMtz, em Cristalina. Além disso, a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada foi transferida de Goiânia para Cristalina. Um grupamento de 300 militares vindos de Cambuatá (RJ) se juntou à uma parte do efetivo da 3ª Brigada em Goiás, cujo comando mudou para Cristalina e foi assumir grande parte do efetivo do 42º BIMtz. Já o efetivo do 43º Batalhão foi parcialmente absorvido em Cristalina – a outra parte foi remanejada para outras unidades do Exército em outros Estados.

A escolha de Goiânia para abrigar essa equipe de elite teve razões estratégicas. A seleção da capital goiana foi baseada no interesse de descentralizar as tropas do Rio de Janeiro, na posição geográfica central do Estado, na infra-estrutura já instalada, na redução de custos para instalação da brigada, na necessidade de garantir segurança para Brasília, e na proximidade com a Base Aérea de Anápolis e o Aeroporto Santa Genoveva – ele não terá área militarizada, mas vai abrigar uma área especial para aviões mais pesados.

Se traçarmos um círculo no mapa do Brasil tendo Goiânia como centro, verificaremos que, numa distância de mil quilômetros, teremos 116 milhões de habitantes, ou 62% da população brasileira, considerando-a em torno de 180 milhões de pessoas. Geograficamente, nenhuma outra cidade do País é tão estratégica como Goiânia, a Capital de Goiás, daí porque se diz que o Brasil atual começa, dá voltas do Oiapoque ao Chuí e se completa em Goiás.

Além disso, Goiânia dista apenas 200 quilômetros da Capital da República e 50 quilômetros da principal base aérea da América do Sul. Um contingente militar nela sediado, para ser transportado rapidamente em direção a qualquer outro ponto do território nacional, teria aqui, à sua disposição, três aeroportos de médio e grande portes – Santa Genoveva, Base Aérea de Anápolis e Base Aérea de Brasília. Com a implantação da Plataforma Logística de Anápolis, essas facilidades crescerão, oferecendo condições de deslocamento aéreo a outros países.

Além dos 500 homens do 1º Batalhão de Forças Especiais, foram transferidos para Goiânia na época da sua criação 45 militares do Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear, também do Rio. Foram criados depois o Batalhão de Ação de Comandos, o Destacamento de Operações Psicológicas, o Destacamento de Apoio às Operações Especiais e um Pelotão de Polícia.
 
Ingresso
Os voluntários para servirem na Bda Op Esp são selecionados em primeiro lugar, por sua capacidade física. Depois, partem para um treinamento, no qual é muito exigida a parte psicológica. O voluntário deve ter múltiplas habilidades - saber saltar de pára-quedas, mergulhar, atirar com vários tipos de armamento e se comunicar com diferentes tipos de rádios. O combatente integrante das unidades da Bda Op Esp é um profissional criteriosamente selecionado, dotado de excepcionais condições físicas e elevado espírito de equipe, altamente motivado, adestrado, versátil e maduro. Possuidor de elevado grau de estabilidade emocional, autoconfiança e capacidade de durar na ação, está em condições de sobreviver e operar em ambientes hostis por longos períodos de tempo com um mínimo de apoio.

O soldado da Bda Op Esp é o mais caro das Forças Armadas, demandando três anos de preparo. De cada grupo de 3.000 candidatos às suas fileiras, menos de 300 chegam à aprovação final. Os recrutas que nela servem realizam apenas funções administrativas. Com ela, aumentou seis vezes o número de oficiais e oito vezes o número de sargentos do Exército servindo em Goiânia.

As demandas específicas de uma operação especial definem o tipo de adestramento, armamento e equipamento a ser conduzido. Não raro, as operações especiais exigem uma combinação de capacitações específicas, armamentos e equipamentos especializados pouco comuns às forças convencionais.

Operadores do Destacamento Contraterrorista treinam a retomada de uma aeronave. Eles estão armados com submetralhadoras MP5 providas de silenciador.

Na sua criação o grosso do efetivo foi formado por oficiais de alta qualificação, aproveitados do Rio de Janeiro e do pessoal que já estava em Goiânia e também escolhidos em unidades militares de regiões estratégicas, para beneficiar as intervenções de forma regionalizada. Os militares foram recrutados dentre voluntários - oficiais e praças com no mínimo três anos de experiência.
 
A brigada não tem veículos próprios. O deslocamento é feito em helicópteros do Exército, aeronaves da Aeronáutica ou embarcações da Marinha. Mesmo assim a brigada é capaz de deslocar todos os seus destacamentos para qualquer parte do território brasileiro em no máximo seis horas.
 
A Bda Op Esp tem desenvolvido sua própria doutrina, mas tem atividades muito similares com outras forças especiais mundialmente conhecidas como a Força Delta e o SAS. Porém mantém sua própria maneira de atuar. Esta força tem a capacidade de reação para qualquer evento não superior a seis horas.
 
Esta OM tem à sua disposição os equipamentos mais sofisticados que existem, incluindo computadores portáteis, óculos de visão noturna, equipamentos especiais para operações na selva, montanha e caatinga, armamentos e aparelhos de comunicações, fuzis guiados a raio laser, mergulho e escalada.

Subordinação
A BDA OP ESP é diretamente subordinada ao Comando Militar do Planalto, que fica em Brasília, vinculada para fins de planejamento, preparo e emprego ao Comando de Operações Terrestres, no Distrito Federal.  As organizações militares subordinadas à Brigada de Operações Especiais integram à Força de Ação Rápida Estratégica e apóiam as operações de todos os comandos militares do Exército brasileiro.

Soldados da Brigada de Operações Especiais em treinamento

Missões 

A Bda Op Esp pode ser empregada de forma eficiente para proporciona a deterioração das capacidades militares do inimigo, através de ações diretas ou indiretas contra a sua infra estrutura logística, seus sistemas de comando e controle (C2) e de defesa aeroespacial, obrigando-o a empenhar meios na defesa de sua retaguarda. Dentre o grande repertório de missões e possibilidades da Bda Op Esp podemos destacar:
capacidade de desdobrar-se na retaguarda inimiga;
coletar informações do campo de batalha;

realizar busca, destruição, neutralização e interdição de alvos de valor significativo;
guiar ataques aéreos;
resgatar pessoal amigo;
seqüestrar pessoal inimigo;
planejar e conduzir operações de guerra irregular:
subversão. 
sabotagem.
fuga e evasão.
condução de movimentos de resistência (guerrilha) contra forças invasoras de maior porte, paralelamente às ações regulares conduzidas pelas Forças Armadas brasileiras.
contraguerrilha.
operações contraterroristas do tipo:
resgate de reféns em aviões, bancos, metrô ou barcos;
segurança de pessoal VIP e instalações estratégicas;
ataque a bases terroristas;
desativação de explosivos;
monitoramento de grupos terroristas.

A Bda Op Esp é extremamente flexível, tendo uma organização pouco rígida e uma variedade de técnicas, procedimentos e meios disponíveis. As FE podem conduzir operações profundas com o mínimo de direção e apoio, proporcionando às operações terrestres maiores possibilidades (táticas e estratégicas) de atacar o inimigo onde e quando ele estiver mais vulnerável. 

A Bda Op Esp está efetivamente apta a realizar operações profundas e a intervirem com oportunidade, no mais curto prazo, em situações de crise, cumprindo missões de pronta-resposta, dispondo para isto da mobilidade estratégica proporcionada pela disponibilidade de meios adequados, particularmente aéreos, que são providos a nível estratégico principalmente pela FAB, podendo participar também a Avião do Exército e a Avião Aeronaval, de acordo com as necessidades.

O que não resta dúvidas é que a Bda Op Esp é extremamente letal, particularmente em suas ações de comandos, que são dirigidas contra alvos de valor significativo, preferencialmente estratégicos, em conformidade com o Plano de Interdição do Teatro de Operações. 

As ações de Comandos, caracterizadas pela surpresa e agressividade com que são desenvolvidas em áreas hostis e normalmente sob o controle do inimigo, exigem precisão em seu planejamento e execução, pois os comandos se tornam grandemente vulneráveis após denunciada sua presença.

Contudo os homens da Bda Op Esp são capazes de conquistar a superioridade relativa e destruir, neutralizar ou interditar aeródromos, radares de vigilância, baterias antiaéreas, instalações portuárias, diques e represas, pontes e estradas, instalações de comando e controle e outros. As ações de comandos avultam de importância diante das limitações da Força Aérea, e podem ser concebidas para apoiar e/ou complementar uma campanha aeroestratégica. Os Destacamentos de Ações de Comandos são armas letais e precisas.

A Bda Op Esp é o braço principal da Força de Ação Rápida que é completada pelas seguintes unidades: Brigada de Infantaria Pára-quedista; 12 ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) e pelos Esquadrões de Aviação do Exército. A Força de Ação Rápida trata-se de um grupamento com raio de ação nacional, capaz de agir da Amazônia aos Pampas, no Sul, com utilização da máxima tecnologia disponível para garantir a rapidez de intervenções por meios aéreo, terrestre e pela água, e capaz ainda de fazer defesa química – geralmente necessária em ações terroristas.

À sua disposição, essa força de elite tem equipamentos sofisticados como computadores portáteis, óculos com visão noturna, mochila com equipamentos para ação na selva e outros itens não convencionais em ações militares. A Bda Op Esp também realiza operações conjuntas com outras unidades do Exército Brasileiro e também da Marinha e da Força Aérea.

Canção dos Comandos:



"Na paz ou na guerra sempre há
um comandos preparado para lutar
se a pátria lhe pedir está pronto para partir
não importa o lugar
na selva , na montanha ou no mar
onde seja necessário atuar
surge do céu seu braço forte
se preciso enfrenta a morte
sua estrela há de brilhar
o céu é seu abrigo,
o solo o seu colchão
à retaguarda do inimigo
levar a morte e grande confusão
surpresa e sorte natural
acompanham a caveira e o punhal
quando a chuva for intensa
e a escuridão imensa é a hora ideal
o rosto dos comandos ninguém vê
suas garras quem sentir não viverá
o ataque é mortal com destruição total
a missão se cumprirá
o céu é seu abrigo,
o solo o seu colchão
na retaguarda do inimigo
leva a morte e grande confusão


Letra e música de Benedito Ferraz de Oliveira

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